sexta-feira, 5 de setembro de 2008

VENDO TV: NOTÍCIAS?!


Vivemos numa moderna versão da viciosa sociedade romana, aquando da sua fase mais decadente. A nova versão das infames arenas romanas são os noticiários televisivos.

Dos poucos tipos de programas a que assisto na TV, os noticiários são um deles. Porque procuro manter-me minimamente informado sobre o que vai pelo mundo, tenho que levar em cima com todo o tipo de notícia panfletária sobre violência e mais violência; de todos os tipos e para todos os gostos Um grotesco desfile de horrores.

Mas será que não haverá BOAS NOTÍCIAS por esse mundo fora? Haver há!... mas não vendem!

«O que o pessoal gosta mesmo é de sangue» respondia-me outro dia um amigo meu. E concordo com ele. Infelizmente instalou-se a cultura do voyeurismo sanguinolento. Quanto mais chocante melhor! Quanto mais horroroso melhor! A exposição abusiva e repetitiva até à exaustão das maiores perversidades e atrocidades. Como se um visionamento não fosse suficiente para informar.

Já todos sabemos que a televisão é o veículo educativo/formativo por excelência no nosso tempo presente. Creio que deveria haver por parte de TODOS um cuidado maior na responsabilização dos critérios de escolha dos conteúdos da programação televisiva. Podem-se manter critérios de livre informação sem se cair no exagero do intrusivo e abusivo.

Dizia o povo: «Junta-te aos bons e serás como eles, junta-te aos maus e serás pior que eles.»

2 comentários:

navegadora disse...

Tem toda a razão. Continuamos a passar às crianças modelos de violência. Na televisão, no cinema, nos jogos de computador ou consolas o que mais vende são os jogos de guerra, onde matar é um desporto e a vida humana é apresentada com um valor nulo. Os herois são os que matam e não os que apelam à não violência...com modelos destes...como podem os jovens resistir? O sentido crítico é toldado, a história é escrita com sangue mas parece que a tradição ainda é o que era...e está para ficar. Para mal de todos nós. Um bom fim de semana.

São disse...

A não-violência também se ensina. é tão só uma questão de prioridades...
Serena semana.